Foi no passado dia 20 de Dezembro que se realizou o 3º
passeio à Rabanada. Desta vez, um verdadeiro passeio de BTT, com cerca de 25
km, teve a sua concentração no Complexo polidesportivo das Ribeiras, em Gavião.
Uma organização da Associação Milho Doiro, pelos seus Kedas Bike, que, este
ano, teve a ajuda especial dos amigos dos Calcando Pedal, que foram os
responsáveis pela escolha do percurso.
Com partida marcada para as 9h00, compareceram perto de 60
betetistas cheios de vontade de se divertirem pelo percurso escolhido, o qual
mereceu rasgados elogios de todos os participantes. A chegada foi feita no Café
Ritual, em Moledo, Gavião, onde foram servidas as tradicionais rabanadas
acompanhadas vinho do Porto.
Para o ano haverá mais e com a certeza que será ainda melhor
.
Jantar de Natal marcado para as 21.00h e quem quisesse
entradas e confraternizar mais cedo aparecia pelas 20.15/20.30h. Mas com a
experiência do dia, a maior parte tomou banho e encaminhou-se para a tasquinha
do Zé para o famoso cozido à portuguesa.
Além dos nove que se aventuraram na bike, à tarde apareceram
os irmãos Tó e Locas, Sr Mendes que pôs o relógio a despertar para vir comer,
mais dois Amigos dos Biclas08 Américo e Guilherme.
Já perto das 21.00h chega o Tony e o Rui, queriam
entradas…ah ah ah e foram para a porta da entrada ver quem passava, não puseram
o relógio a despertar… mas ainda trincaram umas belas fatias de piza
confecionada na Tasquinha.
O cozido estava fenomenal e depressa ficou a casca.
Já na parte final o Paulo veio para a sobremesa e o Victor
(nine) veio assistir e contar os que estavam e os que já deviam ter ido embora.
Um jantar calmo sem alarido porque estava a jogar o Benfica
e isso é mmmmmmmuito importante para quem não tem mais nada que fazer.
O dia do Passeio dos Kedasbike começa com o atraso do Tony e
do seu vizinho Rui, chegaram 10 minutos atrasados a casa do PedroS e para
demorar mais um pouquinho o Tony teve que ir a casa buscar o telemóvel que
tinha-se esquecido. Com estes atrasos já estavam os restantes a exasperar.
Perto a casa do Mendes… 30m, onde foi marcado o ponto de
encontro para ele não se atrasar como de costume, já se encontrava o Nagy,
Carlos Pereira, Rocha, Pedro Faria, Joel e Nelson e chegaram os atrasados Tony,
Rui e PedroS este último sem culpa. O Mendes, nem a sombra dele estava cá fora,
como de costume ele tenta levantar-se mas o espetro e a sombra vão discutindo
para ver quem fica na cama com o Mendes para soltarem um menos atrasada.
Liga-se e diz que adormeceu, claro… se não puser o relógio a despertar é normal
#$%&.
Nesse local íamos decidir de dois percursos, Vieira do Minho
ou Marco de Canaveses, mas com o adiantar da hora arrancamos sem dizer para
onde íamos, uns foram para Vieira do Minho pela nacional outros entraram na A3
mas sem saber para que lado, ligaram ainda a tempo e rumaram a Braga.
Estava um belo dia, sol sem nuvens e um pouco frio, PedroS
aconselhou a levar roupa quente, não se sabe como vai estar no topo da Serra da
Cabreira.
A primeira parte do percurso é a subir, e com o sol
friccionar os nossos equipamentos o calor começa a fazer efeito, as bocas, as
más línguas, e as línguas más já comentavam, “ai que frio”, “leva roupa”, “olha
que levas pouca roupa”, etc e tal…
As subias deixavam o Tony ao lado da bike, e todas as mais
inclinadas e mais longas a posição do Tony era de dama de companhia da bike.
Já na crista da onda da Cabreira os estradões tinham ficado
para trás e entravamos nos ST, redopiando penedos, serpenteando gráficos
amórficos com a beleza da Serra da Cabreira com poltrona virados para o Gerês.
ST com mais adrenalina e sua arquitetura ficou para este
como o mais votado. Começas no topo com rápidas descidas ladeando rochedos,
passando por meio de tuneis formados por rochedos abraçando os bttista,
entrando numa espiral de árvores ascendentes, fazendo curvas de 180º tirando as
cascas a algumas árvores mais próximas, sim e eram tantas, e tantas e sempre a
descer, onde apareciam umas micro retas e levantavas voo, para aterrar já com
as rodas bloqueadas para fazer a curva, mais um túnel de vegetação e umas retas
mais longas nesta altura já vais com o cérebro colado e arrancas para a última
curva e ESPÉTACULOOOO, agora ficas a ver a alegria da tua cara nos colegas que
vão chegando, brutal.
Nesta descida o Joel ficou sem pastilhas e começou a
desanimar mas voltou a si, a ré, e mi…
O Tony já andava outra vês a arrastar-se (literalmente) e
foi com preocupação paternal que o Rui lhe queria dar uma granada de mão para
ver se ele ressuscitava. Procuramos todos qual era a granada de mão, a melhor e
mais potente para ele tomar, fez logo efeito, mas tb era descer…
Mais um ST bem conseguido mas já havia pessoal a
arrastar-se. O Nagy fartou-se de acompanhar, empurrar, e dar apoio aos que iam
ficando para trás, estava cheio de força. Estávamos agora a alcançar a entrada
para o Talefe, e não parecia que o Joel e oTony, e mesmo o Rui estivessem
preparados para a escalada ao Talefe. Começamos por dar força e incentivo a
dizer que a vista valia o esforço, mas o Tony olhou, olhou, pedalou uns metros
e “fico à vossa espera cá em baixo”. Agora o frio já se fazia sentir e a roupa
que trazia-mos já era pouca.
Na subida o Rui foi usando todo o vernáculo que conhecia e
elogiava o Tony por ter um ato de coragem por ter ficado lá em baixo a acenar-nos
enquanto trepávamos.
O Joel subia de boca fechado mas os olhos iam insultando
todas as pedras que via e eram muitas.
Carlos Pereira estava com uma forma de atleta olímpico e
colocou um ritmo forte até ao topo.
Quando lá chegamos estava um frio descomunal ajudado pelo
vento, a paisagem estava cheia de nuvens e a tão prometida vista deslumbrante
ficou para a próxima, mas só para alguns… ou os que consigamos enganar.
Mais uns ST e umas árvores
abatidas prejudicaram a navegação e dos nove ficamos reduzidos a cinco, Carlos
Pereira com problemas nos cliques e Tony, Joel e Rui rumaram ao carro.
Os restantes continuaram com mais umas subidas e mais ST
fantásticos.
Mais um belo passeio organizado pelos Sem Medo Btt com
oferta no fim de castanhas e bebida, tudo isto grátis. Com um gesto solidário
pediram aos participantes um bem alimentar para ajudar os mais desfavorecidos.
E… com trilhos muito bem delineados a junção a outros com bastante zonas
privadas que nos deram bastante gozo.
Dos Kedasbike Carlos Pereira, Rocha, PedroS, Joel, Tony, Rui
Carvalho e Victor Ribeiro arrancaram de Famalicão. Uma uma má informação
horária do Rui para o Tony fez este atrasar-se e arrancou sozinho de carro.
Assim poupa-se para lá e… para cá. O Nelson apareceu lá para o meio.
Com 500 convidados para ter prazer bttista, estávamos nos
primeiros e com pequeno-almoço tomado no local para viver mais intensamente a
festa.
Arrancamos quase todos com lanço nos cranques a olhar para
ver se o nosso grupo se ia mantendo junto, o que não estava acontecer, Tony e
Victor nem com lupa se viam e para acabar o percurso antes do almoço tivemos de
começar a comer km mais rápidos.
Na Sta Catarina já deu para entusiasmar a subir e a descer
com trilhos bem divertidos. Já nas antenas tínhamos o já conhecido ST de enduro
que com muita gente se torna um pouco irrespirável…
Em Cavalões
pista de moto crosse aberta para pormos os motores das bikes aos saltos e fazer
as curvas na crista da onda, esta gostava de repetir… Carlos Perira e PedroS
vão vendo o Rocha mais atrás ficou retido no abastecimento. Entrou mais tarde
na pista o que o fez perder uns lugares nesta “renhida “ corrida, estávamos a
subir e já com o Rocha atrás de nós. Ele e mais uma multidão de bttistas, e
como a subir vamos descansando até perceber que a meio da subida virava para um
suposto ST e ai foi derreter até tentar entrar à frente no ST o que aconteceu e
deu bem gozo entrando depois num trilho cheio de pedras
Mais uma zona semiprivada, nem sei bem onde, no meio de umas
austrálias, mais um ST bem delineado
este passeio estava cheio de surpresas: como o passar por um túnel onde
quase não cabia a bike e a altura obrigava a pedalar ou tentar praticamente na
horizontal.
A 5km do fim o Rui chega ao trio da frente e já vinha
pendurado no anzol, estava feliz por ver caras conhecidas e já fazia planos
para acabarmos os quatro juntos, “estou mesmo em forma” dizia ele por ter
conseguido juntar-se ao trio que ia em ritmo de passeio…
Chegamos às castanhas e ao vinho e poucos minutos a seguir o
Tony e Victor já estavam a entrar no recinto. Pela cara do Victor deviam ter
cortado, só foi meio do trajeto. Logo de seguida entra o Joel admirado por eles
já terem chegado. Mais duas de treta e vemos o Nelson com o braço ligado por
ter caído em cima de umas garrafas de vidro e se ter cortado, no fim lá foi à
costura dar uns pontos… anda com azar.
Pela 3ª vez consecutiva os Kedas participaram neste evento
promovido pelos Caça Mouros. Rocha e PedroS com o relógio e pernas mais curtas
foram para os 60km.
Do Castelo da Maia até Santo Tirso subir o monte da Assunção
e voltar. Começamos por passar por um campo onde as garças iam despertando as
asas levitando em redor do campo verdejante que estávamos a atravessar.
O passeio prometia pelo exemplo dos últimos dois anos.
Estava a ser interessante, uma descida para animar e voltar a carregar mais
forte nos cranques, o entusiasmo crescia no carrossel do sobe desce, e com
riders à frente… olhar para o gps a descer torna-se menos usual, e claro
fugimos um pouco do track mas sem grandes desvios, voltamos apanha-lo uns metros
à frente.
Descíamos agora até km 27 para a dificuldade do dia, subir a
Assunção e por esta encosta nunca o tinha feito. Durinha, mas com alguns
patamares de descanso que deu para fazer tudo em cima. Como prémio um mini
jesuíta que deixou água na boca e os cabelos em pé.
Estava a contar que íamos fazer o ST até à nascente do Rio
Leça o que não sucedeu, uma descida curta até ao rio bem técnica, o ar do pneu
traseiro da bike do PedroS decidiu esvaziar, não vá este levantar voo e
estatelar-se nas rochas. Depois foi lavar a bike e as sapatilhas no rio
enquanto o atravessava.
Neste percurso dos 60km achei bastante estrada, já no último
ano mesmo com chuva, achei mais interessante que este… é a vida…
Mais uma incursão a Tábua, com
três novatos, Miguel Martins, Joel (não, não… não é o nosso, este é amigo do
Miguel Martins) e o Nelson que já esteva para ir na última investida a Tábua,
mais os Veteranos PedroS, Rocha e Nagy ia pela segunda vez consecutiva.
Este ano já tínhamos pedalado em
Tábua na primavera no dia do passeio, LINK no verão em julho LINK e agora no
outono.
Pelas cores outonais e com o céu
completamento limpo, o sol fazia-nos companhia, ainda que a manhã se mantivesse
fresca nas primeiras horas do percurso. Estava um enorme dia para fazer o que
mais gostamos em termos de prática desportiva.
Nos primeiros km (com o corpo
ainda a acordar), o cérebro para uns ainda não tinha despertado e a leitura do
GPS torna o percurso de lento para parado à procura do track. O ritmo era lento
e para ajudar o disco da bike do Rocha empena, ao analisar encontra tb um raio
partido, o azar continua… mais uns minutos a tentar reparar e fuga de água no
camelback do Rocha, tudo lhe acontecia. Até as sandes que trazia para comer
estavam encharcadas. Com uma técnica de sobrevivência, espreme as sandes uma a
uma e… estomago, não se pode desperdiçar nada. Havia o aspeto positivo, não
tinha muito que mastigar e… não desgastava muito os dentes.
No primeiro ST, lá estavam os
nossos amigos cães que adoram correr atrás das bikes, da última vez que passamos
neste ST estavam mais entusiasmados, tb eramos mais.
Estávamos a chegar ao postal do
trilho dos Gaios, e com alguma erosão nos trilhos a descida com alguns regos
foi feita com mais calma, já se viam outros trilhos recortados encosta abaixo.
Ao longo do rio só meia dúzia de metros é que estavam mais apertados pelas
silvas e uma árvore que se deitou em cima do trilho para beber água, de resto
tudo bem ciclável, e sim este trilho é soberbo.
No fim do trilho enquanto o Nagy
lutava com um cão pela passagem na ponte do rio, os restantes estavam a ser
convidados pela vizinhança para beber uma jeropiga, vontade não faltou mas
ainda faltava uma grande parte de kms.
Mais um trilho fantástico em
beleza botânica, e como tivemos de parar alguns minutos à espera do Rocha e
Nagy que ficaram a olhar para ontem, tivemos a oportunidade de ouvir o trilho,
ver o trilho, sentir o trilho e realmente fica difícil decidir fazer os trilhos
ST a correr ou simplesmente ver, ouvir e sentir o trilho.
Uns kms já perto do Centro de
Tábua o Rocha avisa que vai ficar por lá, não vai fazer o resto do percurso.
Enquanto falamos em frente a uma casa à espera do Nagy, (mais uma vez…) a
proprietária, uma Sra já com alguma idade, vai varrendo as folhas das diversas
árvores do quintal. O Miguel começa a ganhar agua na boca só de olhar para o
diospireiro, a Sra a ver água a correr junto ao passeio acedeu ao pedido do
Miguel e foi buscar um cesto deles nas mãos para os diversos gulosos que
ficaram à espera, madurinhos e doces, que belos coroa de rei. O Miguel não
estava satisfeito e ainda fez o último pedido, maracujás… tb marcharam. Depois
de já ter depenado um medronheiro e ficar indeciso ao passar debaixo de uma
macieira ficou-se pelo cheiro, visto que estávamos num ST e vinha gente atrás,
no fim sobrou-lhe comida, pudera… fez uma dieta à base de fruta da época. Gente
boa, a de Tábua.
O Fantástico trilho da pedra da
sé com uma paisagem sempre digna de perder algum tempo a apreciar do alto as
curvas do Mondego
Trilho das Rampas, este já sabia
que a parte final estava destruída pelo abate de árvores o que deixa pena, era
um ST espetacular tb. Puxava bem pelo raider como todos os ST de Tábua, mas
muito divertido…
Por fim a bike do Joel estava sem
ar no amortecedor e pelo adiantar da hora decidimos remar para o Toino Moleiro
e comer a posta.
A ver vamos se no inverno tb os
trilhos ainda estão comestíveis…
O último NGPS de 2015 levou-nos até Amarante para nos
deliciarmos com a Serra do Marão.
Há hora do costume, Nagy e PedroS levantavam o dorsal, mas
só pelas 7.50h é que começaram a olhar/seguir o GPS perseguindo o track, que os
levou a passar por Amarante histórica.
Hoje, com o tempo mais fechado, e pelo cedo da hora tinha um
beleza diferente do que estava habituado, ou prestei mais atenção aos belos
edifícios antigos por onde passamos, o reflexo da ponte no espelho do rio
Tâmega junto com a neblina deixava um belo quadro na memória futura.
Um inicio por entre carvalhos e castanheiros passando por
vinhedos alcatifados por um verde primaveril deixando as cores outonais nas
árvores a representação da estação.
Começavam os primeiros indícios da subida à Serra, a
organização brindou-nos com uns cartazes elucidativos do que estava para
acontecer como por ex: “respira fundo”
“o que tu precisas é de um sofá” e já estávamos a ser ultrapassados pelo
amigo Miguel Martins, com um ritmo bem diferente do nosso. Mais à frente o
cartaz “sofá”, agora passava por nós o Carlos, o Domingos e o André,
direitinhos ao sofá que estava à espera dos bttistas, foi uma bela piada feita
pela organização. Levar um sofá para o fim da dureza com os cartazes a informar
os bttistas do que ia sucedendo foi fantástico, e o prazer de ver as caras de
felicidade dos bttistas refastelados no sofá para o merecido “recuerdo”
fotográfico.
Estávamos agora a descer em direcção ao primeiro posto de
reforço referenciado pela organização, uma escola primária que se transformou
num arraial. Churrasco, concertinas, violino, viola, castanholas junto com
cantorias para nos receber. Era difícil não parar para petiscar e ouvir umas
mondas “À Lá Marão”. A entrada e saída da aldeia pelo trilho marcado era bem
durinho e técnico, passando por riachos o que dificultava a aderência dos pneus
nas rochas já bastante polidas.
A
Serra do Marão é um belo cadeado de montanhas onde consegues ver os trilhos
recortados nas paisagens despidas de árvores.
Com vista para a A4 e em direcção ao túnel do Marão, fomos
fazer a inspecção à obra e ver se o nosso dinheiro dos impostos estava a ser
bem empregue, já que gasto estava, mas bem empregue, isso depende dos diversos
ministros das obras publicas que lá passaram.
Pelo km 47 outra escola convertida em café, uma sandes de
presunto e uma cola a fazer lembrar uma cerveja preta (que era o que apetecia,
mas as pernas não) que soube pela vida. No café mais um Kedas, o Hélder, que
vou encontrando em alguns eventos deste género. Chegamos ao café já com chuva,
e com muita sorte não apanhamos nenhuma, e quando saímos, já tinha parado.
Pelos km devíamos estar a chegar à zona das descidas,
esperava que os estradões tivessem ficado para trás, e que a cereja em cima do
bolo ficasse para o fim. E… para meu gáudio assim foi, descidas rápidas, ST,
aqui e ali um susto ao virar da curva, muita adrenalina com a paisagem e o tipo
de trilhos a mudar ao minuto, passar por um horto que deu uma belo colorido. Os
aromas de pulmão cheio era como oferecer um bouquet com uma mescla de secções
de perfumes aos bttistas que iam passando.
Por fim o ultimo cartaz com “acabou”. Mas ainda não tinha
acabado, depois do banho quente, confraternizar com umas bifanas e umas pretas
que se transformaram em brancas, o barril mais apreciado tinha acabado, esse
sim.
Já com três participações no Raide ACV, os kedasbike
contaram com nove inscrições, seis oficiais e três que não sabem escrever o
nome do grupo ou simplesmente se esqueceram de mencionar no acto da inscrição.
Carlos Pereira, Rocha, Tony, PedroS, Joel e Rui Carvalho com
inscrição KedasBike, Nagy, Victor e César com Alzheimer.
Encontro na Padaria Pinheiro que ficava a caminho, e aí
soubemos da primeira baixa. Rui Carvalho não recupera da constipação / gripe e
com a chuva que estava ficou-se pela cama.
Saímos da padaria já com bastante chuva até ao ponto
nevrálgico do Raide ACV, vamos lá ver quantos doidos é que lá estão com um
tempo destes. Quando lá chegamos já víamos que estava composto, há bttistas com
pele impermeável e bikes que não se dissolvem com chuva.
Um dos fundadores do nosso grupo (Paulo Pereira), estava
equipado com câmara fotográfica a cobrir o evento. Está de baixa do grupo. Fez
um belo trabalho com o gatilho da máquina sempre aposto.
Com alguns excessos de alguns elementos do grupo no dia
anterior e com o Tony “farto” de treinar não se sabe bem aonde, o piso pesado
com a chuva que se fazia sentir partimos todos juntos, com um ritmo de bocejo e
assim fomos até entrar nos primeiros trilhos.
Começa a subida e os DH lá vão eles monte acima, o César vai
berrando para o deixarem passar, era pessoal porreiro e deixavam a parte melhor
da subida para quem tentava subir em cima da bike. Nesta subida ficamos sem ver
o Nagy, Rocha e Joel que estavam para a frente. Ficamos a rolar mais devagar
para o Tony nos encontrar. Nas descidas não se espera por ninguém (só se forem
longas). Continuávamos a rolar nas calmas e Tony nada, com este piso duro ia
demorar a aparecer.
O percurso sem chuva já ia ser duro, e para quem não está
habituado a fazer km com os trilhos exigentes a subir e a descer, iam deixar
marcas nos menos preparados. Mais à frente já começamos a avistar o Joel, com
10km percorridos, e logo a seguir o Nagy. Agora estava o Rocha para a frente e
o
Tony para trás.
Reduzimos mais a velocidade, de devagar para quase parados,
e Tony… mais à frente PedroS e Joel ficam amarrados a um furo na bike do Joel,
depois de várias tentativas de enchimento a câmara de ar pediu para ser
substituída, já não aguentava mais o peso do Joel. E… temos a aparição do
TONYyyyyy o grande herói que se mete de cabeça neste passeio sem treino nenhum
um “BERDADEIRO HERÓI” . Prestou vassalagem e demos autorização para continuar
que estávamos acabar.
De volta aos trilhos e aproximar rapidamente do Tony, Joel
começa a dar sinais de cansaço, o relógio aproxima-se rapidamente das 12h e nem
a meio vamos… mais umas subidas e ficam
os dois para trás PedroS aguarda à entrada de um ST para eles não se perderem,
e ali avisam-me que vão cortar para casa no reforço. São sempre boas notícias a aparecer. PedroS
aumenta o ritmo para chegar aos outros deixando o peso morto para trás, e logo
aparece o reforço mais à frente. Estavam lá os kedas todos à espera, ou
simplesmente na conversa com o nosso amigo Filipe que estava no reforço a
ajudar a organização. Um belo reforço com variedade e quantidade / qualidade. O
Rocha finalmente é avistado e diz que se viesse mais devagar caía para o lado.
César e Victor ficam admirados pelo facto de a
organização chamar passeio à dureza que tinham feito até então. PedroS
avisa que os últimos Kedas estão a chegar e vão cortar para casa, o melhor é arrancar.
Ainda os vemos a chegar e a arrastar a bike até ao reforço.
Arrancamos os seis, mas dois logo que apanharam alcatrão
apontaram para casa, César e Victor.
Agora os quatro mais habitados aos empenos começaram a andar
de bike, o ritmo foi aumentando embora os primeiros 20km fossem muito bons em
termos de trilhos ficaram algumas surpresas para o fim.
O passar por um túnel longo e escuro com um led aqui e ali a
visibilidade era confiar no que ia à frente, na saída com uma rampa diminuta
PedroS vai confiante e quando repara, a bike foge para o chão sem
consequências.
O material começa a sentir o desgaste da lama e as mudanças
não estão ajudar o que vai provocando mais desgaste aos riders.
Uma parte final mais rolante que nos deixou a pensar no
final do último ACV.
XV Manobras, sendo cá no nosso quintal não podia-mos deixar de
aparecer, como tem sido nos últimos anos sendo também um dos primeiros passeios
em que participamos. Devemos ter feito mais de metade dos Manobras. Os
primeiros eram sem GPS e com guias e com os varredores de trilhos a levar os
empenados e os que passavam mais tempo no tasco até ao fim.
Nagy, PedroS e Rocha, este ainda a afinar o corpo e ajustar
rebites da keda que o manteve no estaleiro durante dois meses. Como é nosso hábito
nestes passeios juntámo-nos pelas 7.30h e tentamos arrancar logo de seguida.
Com direcção a Vale de S. Come e Telhado, nesta transição
juntou-se ao grupo dois colegas de Braga o Nuno e o Rui, ao grupo tb se
juntaram as subidas, descidas técnicas e subidas boas para descer.
Já a chegar às pedreiras (zona mais dura do percurso) com grande
quantidade de pedra solta a subir!!! Com os músculos das pernas duros como a
própria pedra que os pneus iam calcando, manter-se em cima da bike era bastante
difícil. Mas há que tentar SEMPRE.
Passando esta dificuldade, com a descida para o Penedo das
Letras no GPS, aparecia a adrenalina, e realmente é das descidas que mais
gostamos de fazer, mas tem que se pedalar e não ir só na corrente.
Já no Penedo das Letras fizemos como se não fossemos de cá e lá
subimos ao penedo para ver as vistas, estava… diferente, cada vez menos
arvorizado, constatei que estamos ficar sem monte e cada vez se vê mais abate de
árvores…
A descer um trilho que já não passávamos há muito tempo, estava
um pouco escavado pela erosão e senti algumas vezes o chão a subir, mas
safei-me com alguma sorte, o Rocha que vinha atrás tb se viu um pouco à nora e
o Nuno esbardalhou-se e estragou um pouco o cromado do lado esquerdo.
Mais uma descidinha que adoramos fazer, e não nos importamos de
a subir, sabe bem das duas maneiras.
O Rocha começa a dizer que para treino está bom, para tentar
chegar à forma em que estava antes da keda, ele está satisfeito e quer ir
embora. Os colegas de Braga ainda disseram para ele ir com eles para os 50km,
eu tentava que ele pedalasse mais um pouco, pelo menos até ao meio dia. Em
Jesufrei rumou para casa.
Estávamos agora pelos km 40 Arnoso/Nine e esta foi a parte mais
chata do percurso, um misto de alcatrão e paralelo, para passarmos para o Monte
de Fralães.
No inicio do Monte de Fralães estava a divisão para os 50km, e
os nossos colegas de Braga seguiram esse percurso. PedroS e Nagy continuaram
para os 70km.
Conseguimos acelerar mais um pouco e nas subidas técnicas a 29”
pedia 3 rodas pedaleiras mas o papá não dá.
Foi um percurso duro mas muito fixe, com subidas curtas mas
com pendentes de fincar os dentes no avanço, mas tb deu para descontrair e
injetar no corpo bastante adrenalina. Até para o ano e com a Renault
Express a circular.
Às 8.00h já estava à porta dos 5 Cumes, estava eu e o meu
ego simplesmente sós, prontos para fazer um bom passeio. Com os 80km e os 1800+
de acumulado que a organização apresentava não era nada de extraordinário. A
tática muito estudada com os meus treinadores era: a partir com os seiscentos
melhores dos 5 cumes até ao meio da subida do primeiro cume, sempre em alcatrão
durante os primeiros 7,5km e depois abrandar para o ritmo a que estava
habitado.
Dá-se o arranque às 9.30h (tão tarde).
Quando dou por mim estou no fim da seta que lidera o pelotão
da frente e a sentir-me bem, fui acompanhando até ao inicio da subida e fui
subindo a bom ritmo, já perto da separação o Jardim passa por mim com mais
algumas mudanças. Com ideias de o acompanhar apostei na descida para o
alcançar, mas logo nas primeiros metros da descida a tentar desviar de tantas
pedras houve uma que não consegui desviar e o pneu começou a cantar, furo,
furo, tentei que o liquido fizesse o seu trabalho, mas como era traçadela, não
foi possível. Toca a desmontar para mudar de câmara de ar e com o calor que já
se sentia o corpo, para arrefecer, começa a tirar água do organismo. Perdi uns
20 minutos.
A descida continuava interessante mas não tinha mais câmaras,
lá fui descendo mais à cautela.
Mais à frente e a descer, uma moto a subir pregou-me cá um
susto…
Como este ano os 5 Cumes não contavam para a taça deviam
existir belos ST como nas minhas primeiras participações, o que se veio a
verificar.
Os três primeiros cumes deram bastante gozo tanto a subir
como a descer, com muitos tipos de trilhos que não te deixavam na monotonia.
O reforço de sólidos não era grande coisa em qualidade e
quantidade, e não me entusiasmei, comi pouco, mas como vinha sempre a mordiscar
comida que tinha trazido de casa, peguei em duas bananas e meti ao bolso para
ir comendo até ao próximo reforço.
O calor continuava a apertar e pedalava já para apanhar o
lado mais fresco do trilho ou estrada quando a tínhamos de passar. O segundo
reforço, mais do mesmo, mas agora a pedido de várias famílias foram buscar as
famosas bolas de Berlim, e quanto a doces era só, mais umas bananas e retomar a
pedalar, pensando sempre na última subida do dia, uma verdadeira p#$%& já
conhecida.
Estava perto dos 50km e já sentia picadas nos músculos, JÁ!,
pensei eu, ainda falta tanto e já estou a ficar f%&$#”$. Salto da bike e
começa o DH (andar com a bike ao lado em PLANO! Dasse) estou mesmo bem!!!
Já andávamos perto da margem do Cávado e aproveitava todas
as descidas para ir alongando os músculos. A travessia do Cávado numa ponte
flutuante a fazer de barragem a nenúfares, deram um colorido à minha alma
apagada. Já tinha ingerido mais bananas do que um zoo gasta ao domingo.
No último reforço já com algumas bebidas “profissionais” fui
bebendo o que podia e tb esforcei-me para comer mas já sem vontade nenhuma.
Arranquei, e pelo caminho cada vez se viam mais empenados a fazer DH.
Aproveitava as retas para pedalar com os calcanhares para manter os músculos no
sitio o maior tempo possível.
O 4º Cume foi feito a meias, ora ela empurrava-me a mim ou
eu empurrava-a a ela. O Ego esse já devia estar a chegar ao mar, aproveitando o
rio Cávado e no cimo do 4º cume via-o deitado na praia a ser banhado pelo sol
com o mar a torrar-lhe nas pontas dos dedos, com um vai e vem.
Chegado ao cimo à que descansar e comer, hidratar com sais e
tentar não partir os dentes ao descer. O olhar de empenados têm alguma graça,
não olham para lado nenhum, dizem um monte de patetices ou estão simplesmente
calados. Um estava a descer e pensava que já tinha feito os cumes todos e era
só levitar-se até à meta, mas ainda faltava o PENEDO DO LADRÃO, o último cume
esse F”#$$” da P&%$#. Parece que só estou a falar de sofrimento, e de bikes
nada. Já há algum tempo que não levava uma coça destas, com esta somo 4.
Mas ainda não tinha acabado, estava a começar a minha
penitência a subir e vamos lá ver onde é que vamos parar, ou os músculos me
atirarem ao chão. Viam-se alguns colegas de empeno a fazer DH intercalado,
outros, mal começaram a subir colocaram-se em posição de DH. Eu ainda consegui
buscar força ao último ano que tinha passado por ali, lembrava-me de cada curva
e obstáculo que ia aparecendo. Consegui fazer quase tanto como da última vez.
Cheguei ao cimo das duas vezes, da primeira sem por o pé no chão, desta vez fiz
pelo menos uns 150m a 200m. Depois foi a arrastar uma espécie de sonho ébrio,
alguns ainda passavam por mim montados, mas a curva não quer dizer que a
ascensão acabasse, continuava e desmontavam, pelo que me pareceu só um, que eu
visse, a chegar montado, dasse que empeno. Enquanto repetia a tradição do 4º
cume e como estava mais roto demorei mais um pouco a oxigenar o cérebro. Esta
descida era bastante exigente, e foi feita bem devagar para a queda, se
acontecesse, não chorar muito. Devo ter feito uns 7km a 8km de DH e mesmo a
chegar à rotunda da meta tb a tive da fazer a pé… estava tão roto que até mudei
de voz. Para a próxima levo uma grande sémia e um presunto às costas.
No dia 19/Set/15 o Kedasbike mais uma vez esteve representado num evento de BTT “só
para duros” « 3h Nocturnas de
resistência urbana em Famalicão» (no inicio quando me falaram desta prova até
pensei que fosse passar 3 horas dentro dum shopping J ) ….
Às 20.30 os
«Kedas» Toni P. e Ripe C. estavam
na zona de partida entre as elites do BTT Mundial que competiam na categoria
“solo”. Num segundo grupo estavam os fraquinhos que iam competir em “duplas” e
que partiam 1min depois.
Às 21.00 é dado o tiro de partida e rapidamente esta dupla
endiabrada se começa a destacar …….. a ficar para trás …. (correcção: estrategicamente para trás ).
O objectivo era começar e acabar juntos pelo que depois 2
primeiras voltas dadas a um ritmo “normal”
(abaixo dos 30min volta) decidimos (mais uma vez estrategicamente)
abrandar o ritmo.
O percurso tinha poucas zonas de monte (mas até eram
interessantes) e infelizmente não tivemos oportunidade de dar os saltos que
estavam montados no final da Rua Direita e junto à Igreja Matriz porque logo na
primeira volta os indivíduos que iam na frente da corrida decidiram atirar-se
para o chão e ocupar todos os bombeiros e ambulâncias disponíveis (a
organização fechou logo as 2 rampas)
Queremos agradecer às simpáticas pessoas que estavam no
reabastecimento de “Mões de cima ” que para alem da banana e da agua também
davam musica (estava tão agradável que paramos por lá 2 vezes J )
Segundo o nosso cronometro percorremos aprox. 40kms em
2h28minutos (o cronometro do toni foi ligado 10minutos antes da prova começar).
Não demos mais voltas porque já estava a ficar monótono, porque nos no final
estávamos fresquinhos como dá para ver.
Parabéns à organização e aos Famalicenses que me estão
sempre a surpreender
Mais uma participação nos fabulosos Trilhos Penosos, do
melhor que se faz cá no nosso quintal.
As 8.00h foram escolhidas para o arranque de Famalicão, e
com um atraso de 8 minutos já com bastante chuva, Carlos Pereira e Rocha já
estavam a comparar PedroS aos amigos de Barcelos Biclas08 que se atrasavam
sempre.
Fomos a pedalar até Joane e pelo caminho já víamos colegas
com a bike no carro na mesma direcção.
Chegamos ao centro nevrálgico dos Trilhos Penosos para
levantar os dorsais, tomar o pequeno almoço oferecido pela organização,
enquanto conversávamos com outros colegas. Estávamos atentos ao sorteio de
prémios a ver se este ano a sorte sorriria a alguém do grupo, não tivemos
sorte.
O Rocha depois de se desfazer contra um pinheiro uns meses
atrás ia agora ver como estava a sua forma física e se as dores ainda andavam
por lá. Nada como os Trilhos Penosos para ajustar uns rebites e apertar umas
porcas.
Os Penosos, tem este nome não por ser bonito, mas para ler
bem as letras que compõe a palavra e com chuva o aumento das letras dá para ver
a alguns km.
Começamos por subir como praxe, e subir, e já a gastar
avozinha chegamos ao topo, depois as descidas técnicas com a quantidade de água
e lama que circulavam nos trilhos, fizeram alguns colegas sujar mais o
equipamento com algumas kedas.
Andamos por trilhos que se quisesse vir embora não sabia
como, e o Rocha a poucos km do reforço de sólidos estava decidido a ir embora,
sentia-se a desintegrar. O corpo ainda não está preparado para este empeno.
Com o Rocha a caminho de casa, foi a vez de Carlos Pereira
sentir os músculos a começarem a ferrar, e nada como uma caminhada ao lado da
bike para tirar os dentes de cima dos músculos.
Depois de fazermos um estradão chato e duro até à ultima
dificuldade, foi descer praticamente em ST até Joane, e por ali os dois kedas
já conheciam algumas partes do percurso e foi desfrutar os novos trilhos
abertos já todos ensopados em lama onde controlar a bike era bem penoso.
Agora é esperar que o tempo seque para sentir os penosos
enxutos.
O final das férias apontava para o dia 5 de Setembro,
antecipei um dia a chegada a casa mesmo a tempo de participar no NGPS de VN de
Cerveira.
A hora de chegada a casa era já tardia e os preparativos
para zarpar às 6.30h da manhã deixaram poucas horas na horizontal de olhos
fechados.
Do grupo só eu é que ia participar, um por lesão (não
conseguiu atravessar um pinheiro a descer de bike, está a recuperar) outros por
M$#&%#...
Mas como já participo há alguns anos no NGPS devo encontrar
lá alguém conhecido.
Quando estou a estacionar encontro o Mário de Braga. Já
tinha companhia. No secretariado mais uns quantos, Ângelo, Paulo… e se
estivesse mais tempo mais ia encontrar.
Não sabia o que esperar depois das serras de VN de Cerveira
estarem alguns dias a arder. Começamos a subir com um leve aquecimento por
alcatrão até ao miradouro do Cervo em VN de Cerveira, e notava que a bike
engordara um pouco nas férias, as escoras tb se iam queixando de dores
musculares, e saíamos na primeira subida. A vista era fantástica e dava para ver a Ilha dos Amores e o
ponto mais alto onde o percurso nos ia levar, pelo caminho já se avistavam
pontos negros que o incêndio pintou.
Na descida um colega dos NorteTrilhos juntou-se ao nosso
grupo e andamos os três até praticamente ao fim do percurso em terra. Os
trilhos estavam a ter pouco interesse, estradões e alcatrão e pouco a acrescentar.
Os incêndios devem ter ajudado…
O prazer voltou quando entramos no km 47 com uma subida
lenta e dura, com algumas zonas técnicas que acabou numa fonte onde a água
fresca sabia que nem ginjas e ajudou a refrescar o calor que se sentia.
Com uns 2km de descanso e nova subida em estradão gravilhado
até ao Alto da Pena, onde a vista era fantástica e fantasmagórico com a
quantidade de negro que a vista conseguia alcançar. Pelo meio via-se a
quantidade de trilhos que a serra tinha.
Agora era descer praticamente até ao Rio Minho, e a paisagem
por aí, era toda preta, o trilho não fosse o negro juntava-se à subida em gozo
que deu a descer.
Avarias: dois furos para mim e outro para o Mário
No fim até o quadro se queixava de dores musculares…
Depois de 31 de Maio, já tinha ficado marcado uma incursão
para mais tarde voltar a Tábua. Com previsões de autocarro cheio, passamos para
o mais pequeno, e no dia uma carrinha de 9 lugares com dois pneus suplentes
chegava.
De Famalicão Nagy, Pedro Faria, Rocha, PedroS e Ângelo. De
Barcelos António, Jardim, Jardim mais novo, Guilherme, Paulo e Quim Jorge.
Horas de arranque de Famalicão 5.45h MAS JÁ SE SABE QUE O
PESSOAL DE BARCELOS HORAS É GRUPO. Entrando o Jardim neste mote é atraso na
certa, e ele sabe que vai chegar atrasado porque não sabe o que é um relógio e
nunca ouviu falar desse estranho objecto.
A hora de arranque de bike de Tábua estava marcado para as
8.00h, mas… mais de 45 minutos depois lá começamos a tentar arrancar.
Com marcação para as 14.00h no Toino Moleiro é tentar fazer
o percurso todo dos 70km, com andamentos diferentes. Nos primeiros 10km o
pelotão começa a alongar, não se sabe se pelo ritmo ou pelo ataque dos cães,
ficamos todos dispersos, e ali fiquei com a ideia que os 70km ou o Toino
Moleiro, um dos dois ia-me por a chorar.
Nos ST o pessoal ficava no ritmo que mais gostava ou as
pernas iam deixando, e nos estradões já íamos a comentar o ST passado e sobre o
buraco do ozono.
Depois de passar o 2º ST o pessoal que não conhecia as
montanhas russas de Tábua já estava convertido à religião MK Mákinas. Dos onze,
Rocha, PedroS e António tinham participado na maravilhosa festa do BTT em
Tábua, enquanto que o Jardim o ano passado esteve no Review Tábua e o resto nem
sabia onde ficava, e de certeza que o colocaram no mapa.
ST dos Gaios, essa famosa construção que já correu a Europa
e que agora descemos como nos deu na gana, para mim sempre que passo lá é como
se fosse a primeira vez, é qualquer coisa de fenomenal, ver vídeos e fotos não
é a mesma coisa, não sentes a trepidação da bike, não sentes o vento e os
cheiros, não focas as pedras que encontras no track nem reparas como vais
forçando o corpo na bike para fazer os ganchos que vão aparecendo, e no fim os
adjectivos usados eram já de dicionário na mão para os utilizarmos a todos.
Num dos ST tivemos um encontro imediato com um grupo misto
que vinha em sentido contrário, paramos e o António começou logo a fazer
negócio em equipamentos, usando os glúteos do Jardim para publicidade com fotos
incluídas. Ficou o rabo mais conhecido do grupo.
Começa a haver fadiga em alguns bbtistas e os 40km para
alguns vai ser a meta.
Ao chegar perto do corte para os 40km reunião de emergência,
quem está roto e quem quer continuar. Jardim mais novo e o Quim Jorge vão
atalhar, o Guilherme como ainda vai correr ao fim do dia 10km e se o ritmo não
for muito elevado continua. O Ângelo que já vinha a olhar só para o pneu da
frente aconselhamos que virasse para os 40km. Teimosooooooooo. Lá fomos os 9
para os restantes km.
Outro ST nos esperava o “ST Pedra da Sé” mais natural mas
brutal, com a vista para o Rio Mondego onde fizemos uma mini paragem para
contemplar a bela paisagem. Na segunda parte uma saída de track saltando para o
estradão, curva mal calculada e voo. Mais à frente outra curva à lá moto GP,
punho da bike a raspar no chão com a perna toda aberta para não entrar areão na
pele. Uma loucura este ST. Depois a parte mais dura dos 70km, subir até ao ST
dos drops, mas mais duro foi ficar à espera do Ângelo, para ele não se perder
embora tb tenha GPS.
O resto do pessoal foi entrando no ST dos Drops, eu fiquei
mais um pouco para que o Ângelo entrasse no ritmo e como era a descer podia
animar mais um bocado. Nada, já estava morto e nem a descer animava, fui então
ao meu ritmo e ainda apanhei uns sustos pelo caminho a ultrapassar o Nagy. Este
ST é longo e bastante exigente com várias mudanças de direcção em cima de
drops, o que obriga a bastante concentração. Mas o gozo é tremendo. Começámos
numa zona árida e com a descida fomos entrando na vegetação sempre a puxar pela
bike, chegamos à zona da passagem inferior e depois superior e parámos para
agrupar. O Guilherme não se cansava de dizer que tinham sido Deuses a fazer
estes ST.
O Ângelo, passados
uns 10 a 15 minutos chega, continuando no ST, mais uma subida exigente para
quem está todo roto e o relógio sempre a andar. A maior parte já só falava do
bife/posta do Toino Moleiro. Mais à frente com uma seta a apontar para Tábua
chamamos à razão e o Ângelo virou para a estrada.
Agora estava-mos no ST dos Nº e na parte final saímos do
Track (o dono não quer que passe por lá) para a estrada e o seguir mais à
frente, e depois de fazer uns 300m em alcatrão novo já estavam todos a inclinar
para ir embora. Ainda tentei aliciar-lhes com a Greta mas estavam mais numa de
bife, e lá rumamos para Tábua