sábado, 1 de dezembro de 2018

1 de Dezembro 2018 Passeio Natal KEDASbike Sombras Gerês

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Às 7 da manhã na N14 em Famalicão, era o nosso ponto de encontro para arrancar. O carro do Carlos Pereira com o Joel e Hugo chegavam depois da hora à casa do Nagy, já com o Rocha e PedroS à espera. Mais à frente o Rui já devia estar a olhar para o relógio, estava em sistema apartheid.  Queria ir sozinho ou queria vir mais cedo do passeio. O Joel era o organizador… e chegava fora de horas.
Seguimos em caravana, com o atraso optamos por ir pela A3 até Arcos de Valdevez. Rocha e PedroS estavam com dificuldades em escolher a trajetória até o Carlos Pereira decidir tomar as rédeas da caravana. Conhecia bem a Carolina Herrera como a palma da sua mão esquerda, ou direita. Ficamos na dúvida depois de andar às voltas na rotunda e fazer umas inversões de marcha. O Rui continuava no bom caminho em direção a Lobios, Espanha.
Este percurso já o tínhamos feito em 2012, fazia neste dia exatamente 6 anos, e com o desempenho dos Kedas poderia haver algumas alterações.
O Novato de Lisboa, o Hugo, ia experimentar um trilho mais exigente, física e técnica. Estava em grande “forma” tinha feito treinos específicos no sofá.


 Arrancamos com um pequeno aquecimento ao longo do Rio Caldo, uma breve visita à cascata. Depois foi trepar e trepar, o Hugo ia fazendo uma caminhada a subir ou DH, dizia que havia muito oxigénio e não estava muito habituado a tanto exagero por cm3.
Depois de subir tivemos direito a descer, um ST que foi desaguar no famoso ST das Sombras, uma pequena parte que nos deixou gulosos…


Mais uma paragem para nos deliciarmos com a natureza, tinha produzido uma bela foto com a ajuda dos humanos. Sobre o Rio Vilameá uma ponte em pedra, ao lado um moinho de água semi-recuperado, estávamos a entrar no Natal e já tínhamos um presépio. Os Kedas faziam de figurantes 😊 Mais uns km a romper as pernas e um estradão para recuperar, entravamos na zona que sofreu mais alterações em seis anos, o alargamento de um trilho com o tapamento da geira tirou-lhe o encanto todo, ficando só a vista para a barragem do Lindoso.
Esta tb era a zona mais mastigada, os km demoravam a passar e eram duros a subir, todos fizemos uma pequena peregrinação a pé.
Mais um contratempo para quem não conseguiu atravessar o Rio de Lobios sem molhar os pés, não voltou a ficar com eles quentes.
18km feitos e praticamente o acumulado todo nas pernas, ficavam uns 250+ em 10km para dizer que não era sempre a descer.
Não deu para inventar, e optamos por descer o ST das Sombras, este trilho não o fazíamos há dois anos. E havia surpresas…


A entrada no trilho não deixava enganar o maçarico do Hugo, mas o Nagy confortava-o a dizer que aquela parte, era a parte boa. O Nagy não se enganou, e foi como entrar numa centrifugadora e ser bem abanado.Com algumas zonas em que não arrisquei descer em cima da bike, outras foram tentadas, umas conseguidas outras nem por isso. Cada um colocava o ritmo que mais lhe convinha, como o trilho era uns 75% em cima de pedras, ora escavadas pela erosão, umas soltas outras juntas a fazer um trilho em calçada portuguesa, muito disforme, onde os músculos iam mudando de sítio com a trepidação.
A paisagem ia vendo quando saia de cima da bike, não dava para desviar os olhos da quantidade de pedras, e escolher onde ia colocar a roda da frente exigia muita concentração.
Por duas vezes tive de sair da bike como deu jeito, usando tracção às quatro para não cair, ou saltado por cima do guiador e tentar não fazer uma entorse. Aí tb dava para ver a paisagem e ver quem estava para trás. À frente ia o Rui e numa ultrapassagem a este, numa boa zona tb com pedras, ao calcar um calhau fez a bike fugir para a direita, batendo com a roda da frente num pedregulho, levanto voo imediatamente, o instinto foi abrir braços e pernas e cair confortavelmente numa vegetação que nascia a um metro abaixo do trilho. Fiquei como numa poltrona virado para o Rio Vilameá, e para aquele bonito vale. Enquanto fazia as contas de multiplicar para dividir pela dor que estava a sentir, desconfiava que só tinha dor na coxa esquerda, tinha explodido nessa zona as calças e via-se uns arranhões com sangue à vista, devia ter batido com a coxa no guiador quando estava a ser cuspido de cima da bike, o que provocou a minha aterragem. Claro que com a adrenalina o riso saia bem alto, o Rui ficou indeciso se tirava uma foto ou impedia a minha keda no desconhecido, ele não sabia quanto tempo é que a vegetação aguentava, embora eu sentia-me seguro. Lá fui rebocado por ele até ao trilho. Entretanto chegava o Carlos Pereira mais o Rocha, tb eles vinham de algumas tentativas de keda.
Continuávamos da senda das pedras, mais à frente mais uma pancada no joelho, desta vez o guiador com o manípulo das mudanças, tirou-me o ar todo, tenho a ideia que estive quase a desmaiar de tão intensa dor, fiquei parado até ver o Nagy chegar, o Rocha e o Carlos Pereira já me tinham enxugado as lágrimas eu ficava para recuperar o fôlego.
Com a companhia do Nagy chegamos à ponte de madeira, o Carlos avisava que esta estava a cair, era melhor desmontar e ir amarrado ao corrimão lateral para não cair à água.
A Chegado do Hugo e Joel demonstrou a dureza o trilho, o Joel queria dar com a bike em quem teve a ideia de ir por aquele trilho. Só tinha uma bike e 4 gajos a encolherem-se.


A volta do astral deu-se quando fizemos a descida do calvário da Ermida da Nossa Sra do Gerês, ficavam as pedras para trás.  Mas o Rui ainda consegue descer um drop em égua durante uns metros sem cair.


Fizemos um 1km, parte do trilho final até Vilameá coincidente com uma parte do primeiro 1/3 do percurso, mas soube bem. Encaminhámo-nos até Torneiros na lagoa de água quente, fomos molhar a pomba e no fim tascar. O Rui tinha o seu apartheid e foi embora sem banho e sem lanche. Não podíamos demorar nem comer muito, tínhamos o nosso jantar de Natal com outros Kedas e amigos.

1 de Dezembro 2018 Jantar de Natal KEDASbike


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 Mais um ano, mais uma tradição que o grupo tem mantido. Depois de um passeio de bike, só para alguns, o jantar de confraternização do grupo com alguns convites a amigos.
Dos que de manhã se levantaram cedo para andar de bike (Nagy, Carlos Pereira, Rocha, PedroS, Rui, Joel e Hugo) saiu o Rui e entraram o Locas, Tó, Tony, Faria, Mendes e o Marco.
Pelas entradas já se via que havia motas mais aceleradas que outras, e que o aquecimento ainda estava na primeira volta.
Na tasquinha do Zé, desta vez não deu para ir para o salão Mercedes, ficamos no privado, mais aconchegante.


O Zé fez uma surpresa nas entradas, fez um género de mexilhão em caldeirada que estava excelente, de molhar o pão no molho, presunto, pizza, bôla e não me lembro de mais, foram as entradas.
Agora quando sai o cozido a confusão instala-se, o Joel quer a todo custo comer uma unha de porco mas há gente muito rápida que tb gosta de unha de porco e… Joel vê a unha ganhar vida e bazar do prato dele para o PedroS. Abriram-se as hostilidades, e até o último sair, não mais parou.
O Cozido manteve-nos ocupados algum tempo, mas a boa disposição de alguns contagiava o grupo todo.
As sobremesas vieram para a mesa, as típicas do natal, rabanadas, Bolo Rei acompanhadas de espumante, mais Gin, Whisky, mais presunto que o Mendes se entreteve a cortar.
No fim ainda tivemos direito a strip-tease na privada, que ninguém queria assistir. dassseeeeeeeee

sábado, 3 de novembro de 2018

3 de Outubro 2018 NGPS de Gondomar



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Tinha alguma expectativa em relação a esta edição em Gondomar, em 2015 tinha gostado acima da média. Convenci uns KEDAS a participar.
Pedro Faria, PedroS e Rui saiam de Famalicão e o Mário de Braga. A hora prevista para o nosso arranque era pelas 7.30h o que praticamente foi conseguido. Havia muita gente inscrita e o ideal era sair cedo.


Começamos por fazer um bom aquecimento de 3,5km estrada acima num ritmo muito baixo, o Rui já ia com a corda toda na liderança.
Entramos no monte entre ST e estradões até à aldeia de Couce, até aqui tudo bem em termos de trilhos. Depois foi subir em estradão com um início mais complicado para entrar em estradão até é ao topo do 2º monte, e descer em eSTRADÃO, em slalom, sem muito interesse. Um colega da zona de Gondomar que nos acompanhava ia informando que ali e acolá havia trilhos mais interessantes sem ser largar os travões e ganhar velocidade. São opções…
Começávamos outra vez a subir, e uma bem ranhosa em “cimento” com vista para a A41. O Faria está em forma e subiu sempre ao lado da “burra”. Mais um pouco de alcatrão e estradão e estávamos no 3º topo. No GPS aparecia mais uma vez “adrenalina ZONE”, não sei pq mas escapou-se-me a “ZONE” nem a vi, nem sei onde eles a encontraram. O Rui e o nativo de Gondomar cortavam para os 50km, o Faria e Mário ponderavam, e ponderaram bem, continuamos para os 70km.


Uma meia subida para podermos contemplar o Rio Douro, um bom sitio para o Mário furar, atestamos só o pneu. Mais uma “adrenalina ZONE” e desta vez com alguma razão uma descida rápida com algumas curvas que deu para chamar a Adrenalina.
Descíamos até à margem do Rio Douro, andamos uns 5km encostados à água, a ver os navios cima e abaixo. Uns ST para entusiasmar e trilhos de btt já com algumas zonas técnicas para acabar com o bocejo.


Deixávamos o Douro para trás, pela frente teríamos a última subida de registo, claro que o Faria andou a fazer DH subida acima, realmente está em “forma”.
Do Rio Douro até apanharmos a junção do percurso dos 50km, fomos calcando inicialmente paralelo e estradão em terra a subir. Faria e Mário já sentiam bem as pernas, ou a falta delas, pensavam no corte que podiam ter feito quando o Rui encurtou para o percurso mais curto.
Entrando na junção dos percursos até ao final (faltavam cerca de 20km), os trilhos começam a animar, e aí apareceu mais btt do nosso agrado.
Na visita à cascata dos 8 moinhos, um entusiasta ia dando força aos bttistas para fazer uma descida em cima da bike, uns iam conseguindo em cima da bike, outros iam conseguindo ao lado da bike e outros iam conseguindo arrasto ao lado da bike, aconteceu ao Mário e muitos bttistas que estavam na zona com muita terra preta amarrada aos equipamentos.
Na visita à estação elevatória o Mário consegue furar o pneu de trás, e as mudanças nunca mais foram as mesmas. As subidas ou fazia em esforço ou a empurrar a bike, estava numa espécie de SS mas com cassete completa, a transmissão é que não gostava de ser mudada.
A bike do PedroS tb começava a fazer-se de difícil nas mudanças mais leves, e com diversas paragens para tentar resolver esses problemas, o Faria ia dizendo que agora se sentia bem.



Uma parte final com alguns ST, trilhos, drops e algumas zonas mais técnicas que fizeram lembrar o de 2015, juntando a parte inicial e a do Rio Douro que tb foi bem agradável. Agora, descer continuamente em estradões em três picos…
No fim fomos petiscar à tasca do Mineiro em Valongo

sábado, 20 de outubro de 2018

20 de Outubro 2018 Manobras XVIII

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O Clube de BTT de Famalicão proporcionou um passeio bem divertido em trilhos. Os Kedistas Carlos Pereira, Rocha, PedroS e Rui mais dois amigos Mário e Vasco, formaram o grupo para o Manobras XVIII. O Nagy tinha formado outro grupo com outro ritmo e com outra hora de saída.


No fim-de-semana que antecedeu o Manobras, a escolha dos montes por onde passamos levou-nos ao track, os primeiros km até Ninães foram praticamente idênticos, estávamos com mira. Os trilhos até ao Monte de Santa Tecla, alguns com subidas técnicas bastante exigentes e descidas de entusiasmar, demasiado, até o chão parecia aproximar-se muitas vezes do corpo. PedroS e Rocha mantinham o nome KEDAS no Manobras, mas sem consequências.
No topo do Monte de Santa Tecla, o reforço Manobras na carrinha conduzida pelo Sr que ao longo dos anos tem feito de aguadeiro do Manobras, pastelaria, fruta e água. Aí começamos a ver outros Manobras. Comemos o que nos apeteceu e mergulhamos descida abaixo. Trilho cheio de cascas de eucalipto e paus, o tempo tinha juntado algumas dificuldades de pilotagem.
Até à EN 206 ainda tivemos muitos pontos de interesse.


Chegávamos à zona das pedreiras, Airão, a água do camelbak entrava na reserva, e como se de teletransporte se tratasse, aparecia a carrinha do reforço para quem mais precisava, bastava falar e ela aparecia, no nosso caso foi assim😅.
Apontávamos a bike para o trilho que alguém batizou de Túnel, é dos melhores trilhos da nossa zona, muito divertido com zonas rápidas e outras para manter a velocidade. Tens muito que carregar nos cranques, onde podes fazer curvas bem em cima da parede.
Logo no começo o entusiasmo esvai-se, um grupo de motas de frente a subir, não deu para o susto, estava quase a levar com uma moto em cima. Já há algum tempo no mesmo trilho aconteceu a mesma coisa, mas anda a correr bem.
Quando chegamos ao alto da Portela e começamos a subir para o Penedo das Letras, os músculos abandonam o corpo do Rocha, sim eu sei, passamos por uma estrada de alcatrão que era sempre a descer e vai dar a casa dele. E foi o primeiro do grupo a cortar.


Não chegamos ao topo do Penedo das Letras, a organização foi amiga. Ladeamos o monte por Guisande, andando encostados a A3 até praticamente sair na saída de Cruz, mais uma estrada larga, o Rui põe o identificador e recalcula para casa.
Carlos Pereira, Mário e Vasco deviam ser os que menos tem andado de bike este ano, mas mantiveram-se agarrados à cabra até ao fim.
Nós seguíamos para Lemenhe e o Joel (não é o nosso) saía de casa para começar a fazer o manobras, trabalhou de manhã e treino de tarde, informávamos que o passeio até então estava a ser bom. Ele seguiu o ritmo dele e nós o nosso.
Jesufrei, Cruz e Lemenhe eram as freguesias que faltavam para praticamente por fim do passeio no monte, pedalamos os quatro pelo centro de Famalicão até ao fim do track.


Marcamos um pica no chão na Tasquinha do Zé, trocamos o Rui pelo Joel (o nosso).
E aí manobramos muito bem o almoço, no fim o Locas apareceu para a sobremesa. Momentos bem passados.

sábado, 13 de outubro de 2018

13 de Outubro 2018 NGPS Pedras Salgadas

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Pedro Faria, Rocha e PedroS foram os Kedas que participaram neste NGPS.
O Faria já saía de casa com o corte feito, o Rocha era ver se não apanhava nenhuma estrada em alcatrão com a indicação de Pedras Salgadas, o corte era quase certo.
A zona por onde íamos andar, uma grande parte já era conhecida por nós, mas pedalar em Trás-os-Montes é sempre agradável, tb tem ótima gastronomia.


O início, ou melhor, 6km de trilhos sempre a subir. Deixando cedo a nascente das Pedras Salgadas mais os seus lindos bosques ajardinados, para estar sempre a carregar nos cranques com o peito a tocar no quadro, para a frente da bike não levantar, belo começo…
A organização tinha indicado que no percurso não íamos avistar um elemento “raro”, o eucalipto, o que é de assinalar, em vez disso levamos com pinheiros, carvalhos, castanheiros em catadupa, ó que chatice vou ter que olhar mais para a paisagem 😁. (ainda bem)


Este passeio tinha como pontos “turísticos” a Serra da Padrela e as visitas às minas do ouro. Da última vez que estivemos nas minas ainda deixamos a bike e transformamo-nos em garimpeiros, mas só apanhamos castanhas. É o preço da evolução, os estradões em terra já levam com alcatrão e paralelo.
A paisagem continuava sem eucaliptos, mas com alcatrão a mais, com este pressuposto os olhos é que iam tirando proveito do percurso.
10km para fazer 600+ de acumulado, era a subida mais longa, nem se notou. “Pouco” depois estávamos no topo, só a parte inicial da subida é que era mais íngreme, mas de resto o esforço não era acentuado porque o ritmo tb não era exigente.
Chegávamos ao topo e as indicações de Pedras Salgadas não estavam lá, pensei, o Rocha vai fazer mais km, mas ele leu Vila Pouca de Aguiar, serviu, Rocha ganha asas e desaparece alcatrão abaixo.


Com o Marão e Alvão sempre em companhia, no topo tínhamos mais essa perceção. A descida foi dando para apreciar as vistas, enquanto o alcatrão e o estradão iam permitindo, para depois entrar em trilho com curva contra curva, com alguns regos de água a dificultar um pouco a condução da bike.
Pelos 41km na freguesia de Valoura aproveitamos para repor energia e encher os bidões, íamos ter a ranhosa do dia (juntamente com a 1ª subida), e o termómetro já batia nos 30ºC.


O Faria ia dizendo que o corte dele estava a chegar, eu começava a fazer contas, a ver quando é que ia carregar mais nos cranques. Pouco antes de encontrar a N2 já estávamos cada um no seu ritmo, ele aproveitou a estrada e cortou até reencontrar o track.
Esta parte com zonas pouco utilizadas por veículos motorizados ou não… Estava um pouco pró fechado mas bem ciclável e sim, puro btt.
Nesta parte final um sobe e desce constante, com zonas rápidas e os km passavam depressa até aos últimos 5km, estes sim, praticamente desapareceram.
Valeu pela paisagem e alguns trilhos de btt, e quem conhecia a zona sabia que havia muito alcatrão e estradões. Deu para conhecer pouco…  mas fica para uma próxima vez.

sábado, 15 de setembro de 2018

15 de Setembro 2018 NGPS Pinhel



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 Quando saiu o calendário NGPS, o de Pinhel e o Porto de Mós saltaram-me logo à vista. Era esperar que esses dias se mantivessem livres para poder conhecer a zona a pedalar.
PedroS e Rocha foram de véspera para assim acordar com mais energia, ou melhor, pensavam eles…
Ficamos hospedados na Encostas do Côa, e jantamos lá, levamos marmita para não andar à procura de restaurante. Estávamos em estágio, não nos queríamos cansar muito. O Sr José Fernandes (proprietário do hotel) deixou-nos jantar no bar, com frigorífico recheado de bebidas frescas, e uma montra de destilados à escolha, não se via sumos ou os olhos não os queriam ver. O Rocha esse grande desencaminhador começa a falar na cerveja, é só uma, dizia ele… acompanhamos a massa com a cerveja. A meio da cerveja, esta massa era um vinhinho a acompanhar, lá vem a garrafa. No fim de jantar era um Gin, para o fecho na esplanada virados prá piscina, o Sr José tb segurava o pálio, e ainda foi buscar mais um Gin para provarmos, vai ser bonito amanhã vai. Carpe diem.
Fomos de véspera para nos estragarmos, dormir pouco, e só arrancamos de bike às 8.00h.
No dia antes tinha avisado o Rocha se era para entrar nos copos não podia haver cortes no dia seguinte, nem desistências.


Começamos por visitar as ruas e ruelas do castelo de Pinhel, para logo entrar nos trilhos, a luz que emanava estava aprazível, e pensava… ainda bem que estou aqui…
O nosso grupo de dois, nesta parte inicial estava omnipresente com o do Manel, ou eles passavam por nós ou o contrário, e parecia que os trilhos estavam sempre apinhados, nem parecia que muita gente ficou em casa, estavam a perder um belo dia de btt.


O gps informava que estávamos a chegar ao ponto mais bonito do percurso, estava na hora de flashar. Realmente a curva era uma bela curva, dava para colocar bem os olhos sem pestanejar, não se podia perder nada, ao longe via-se uma parte da ponte medieval da Reigada que o Rio Côa segurava. 



Precisava de mais zoom para ver melhor. O percurso fazia-me essa benesse. Atravessamos uma ponte e entramos numa pintura de Vincent Van Gogh. O sol tinha queimado a vegetação tornando-a num amarelo torrado mais acentuado, ainda estava com pouca força e só transmitia uma luz ténue.
No meio da vegetação uma manada de vacas, demonstrava a mugir bem alto o desagrado de estarem a ser incomodadas por dois bttistas, que estavam a estragar uma obra de arte ao não pertencerem ao pincel.
Realmente esta zona era sublime, de uma beleza tal.


Em direção ao ponto mais alto do percurso, na Serra da Marofa acerca dos 1000m, rampa de 5km para fazer uns 450m+.
Para lá chegar tinha que se carregar bem nos cranques e guiador para nos mantermos em cima da bike, mas uns 300m a subir com muita pedra solta, sem nenhuma zona para colocar os pneus sem estes resvalarem… foi deveras difícil, mas o continuar a tentar vai moendo os músculos, que foram bem massacrados nestes 300m sem conseguir fazer uns 20m em cima da bike.
O percurso não nos levava até ao topo da Serra da Marofa, o que achei estranho, nem tão pouco ao Cristo Rei, mais uns metros e em companhia do António atingimos os metros finais da subida, o Rocha já vinha a sentir o Gin nos ossos, nem passaram para os músculos. A Serra da Marofa estava muito despida, e foi uma desilusão, salvou-se a paisagem ao longe.
Ao longe víamos Figueira de Castelo Rodrigo e Castelo Rodrigo por onde iriamos passar.
A descida pela Via Sacra foi um género de teleférico em S contínuos de se perder a conta e sem ficar enjoado, era só colocar os olhos na aldeia histórica.
No fim da descida o Rocha começa a dizer que se calhar não vai aguentar o percurso todo, bebesse água no dia anterior, a mim tb estavam a pesar as pernas e o calor já estava dentro do corpo.
A subida à aldeia de Castelo Rodrigo, o Rocha já só dizia o que lhe vinha na alma a pé.

Mais uma vez o percurso não nos levava para as entranhas da aldeia, mas sim pela sua periferia, mas nós batemos à porta e entramos, procuramos água, encontramos, abastecemos e repusemos mais alguma energia no estomago.
Entravamos numa zona rápida do percurso onde se fazem km rápidos, e o Rocha começa a dar sinais de luzes, começa a dar pisca, estávamos a meio do percurso quando o António volta a alcançar-nos. O Rocha diz que vai por estrada, não está aguentar, vai atrasar muito o passeio para eu ir com o António, separamos em Reigada ele apanha a estrada e faz mais 40km!!!?


O António tem mais km/h que eu, e a subir notava-se bem. Lá vou eu ter de sair da minha zona de conforto e puxar mais pelo corpo.
Em direção a Almeida uma descida a gosto, a subida que nos levava até almeida já estava a massacrar e ainda faltavam muito km com muito calor, e zonas frescas só debaixo de água, as sombras eram raras.
Chegamos a Almeida e o percurso já entrava no coração da cidade, aqui já se via bettistas NGPS, tirando a parte inicial com o grupo do Manel só tínhamos visto nem meia dúzia deles.
Paramos para repor líquidos e energia, mas o meu corpo não gosta muito de parar, depois para arrancar e voltar aquecer demora muito. O António ficou à espera de vez e de sandes e eu fui indo rolando devagar tirando o acido lácteo dos músculos e fazendo uma recuperação enquanto ele não voltasse a juntar-se.
De Almeida até à EN depois de passar Valverde, cerca de 10/12km ia pedalando com alguns bttistas do passeio mais curto, mas ia todo roto, achava estranho o António ainda não ter chegado, tb não tinha força para acelerar mais. Tinha saído do track e entrado na aldeia de Valverde à procura de água (já estava acabar a água de Almeida) e comer mais alguma coisa. Ele podia já ter passado.
Na EN depois de Valverde enquanto desgostava mais uma P”#$% de uma barra, o António chega, o presunto já estava no osso e demora mais tempo a fazer as sandes, tem que se sarrar o osso para a sandes ter sabor 😊.
Como ainda estava com energia em baixo disse para ele ir no ritmo dele que eu tinha de recuperar, mas foi-me acompanhando e dando força, ia na roda dele enquanto podia.
Em Pereiro paramos no café onde já estavam os bttistas que fizeram alguma companhia de Almeida até Valverde. A água em 10/15km desaparecia dos bidões. Voltamos e encher e uma cola para os últimos km.


A última subida até Pinhel com uns rasgos de “loucura” para entender o track, era informação que o meu cérbero não conseguia resolver, o oxigénio tb era coisa rara e já me doíam os músculos da caixa torácica, e isso quando acontece é sinal de super empeno.
No fim quando chegamos para dar baixa do dorsal, fomos recebidos com uma medalha, mas tb com presunto magistralmente cortado por um profissional e um copo de vinho branco de Pinhel, muito bom. O Rocha tinha acabado de chegar, só tinha tomado banho e apanhado um escaldão de umas quantas horas a pedalar no alcatrão.
Ainda ficou melhor quando o pessoal de Tábua, Aveiro, etc começaram nos brindes, da rota do bacalhau, da rota da formiga, da rrrotttaaaaaaa dasss, já estou a ficar grogue com tantos brindes.
Foi um passeio muito bonito em termos de paisagem na 1ª metade do percurso, alguns trilhos tb muito bons, mas depois de Almeida já se via com os olhos de “pro-empenado”. 😃😁😂

sábado, 1 de setembro de 2018

1 de Setembro 2018 NGPS Junqueira Vila do Conde

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Chegava de férias na sexta e NGPS logo no dia seguinte. Este percurso era grande parte no nosso quintal, iria servir de treino pós férias.
De véspera fiquei a saber que o Faria tb ia participar, combinamos arrancar já em cima da bike o mais perto das 7.30h, como informava no ato da inscrição, mas quando recebemos o track e informações para o dia, avisavam que o secretariado só abria às 8.00h. (depois de pago alteram as regras?!!!) F&%$#”
É só meia hora, mas com o calor que estava anunciado, às 10.00h já estavam acima dos 30ºc, e isso implicava pedalar mais uma hora com temperaturas nos 38º. Decidimos então tentar sensibilizar a organização para abrir o secretariado mais cedo.
O centro nevrálgico do passeio foi na junta de freguesia da Junqueira, ora bem, um edifício/organismo público, horas rígidas. A porta só abre às 8.00h, a fila de bttistas já se aproximava da meia centena, e eles não abriam as portas, nem às 8.00h abriram, eu e Faria estávamos nos primeiros quinze bttistas, deixámos a fila e fomos pedalar, foi para isso que pagamos, não para ficar numa fila a morenar.


Quando saímos já a pedalar avistamos o Vasco que chegava de carro, avisamos que os dorsais iam demorar, o melhor era sair sem dorsal para irmos juntos.
Esperamos pelo Vasco pedalando, fazíamos o aquecimento com o ritmo mais baixo até ele nos apanhar.
Antes de Santa Eufémia já estávamos os três a curtir os trilhos, com alguns ST divertidos.
Subimos ao monte de São Gens, ai teríamos mais uma descida técnica segundo a organização. Quando apontamos a bike com o Faria à frente, logo na 1ª receção o Faria empena o desviador traseiro, voltamos à estrada para tentar resolver, ou tentar remediar para ver se aguentava até à oficina a escaços km à frente, optou por seguir a N14 até casa.
PedroS e Vasco continuaram o percurso até ao Monte de Sta Catarina. Subida pela pista de enduro. A meio damos boleia ao Fernando que estava sem GPS. Sem chegar ao topo do monte de Sta Catarina o percurso leva-nos para um trilho de enduro a descer, grande entusiasmo, mas… era só a parte inicial.  Snif! Snif! Snif!


 Deixávamos o Monte de Sta Catarina para trás e pelo caminho já se via muito bttista à procura de sombras.
Já andávamos à procura de água, e na vacaria por onde passamos estavam lá uns colegas a abastecer, aproveitamos para encher até os bolsos dos calções com água, mas o Vasco fez de Rocha e tomou praticamente banho, estava fresco… ou arrefeceu tanto o motor que até partiu a fazer a subida para a pocilga. Mais à frente avisava que ia cortar por estrada.


Fernando e PedroS aumentaram mais o ritmo, mas o calor tb ia aumentando e a água desaparecia mais rapidamente. No Café do Rio a maior concentração de bttistas, já não havia bebidas frescas e a toneira do tanque estava praticamente sempre a jorrar água, para encher bidões, camelback e para refrescar.
Ao passar por Balazar lá estava o Vasco na esplanada de pernas esticadas a beber uma cola fresquinha, o Fernando perguntava se não era melhor nós fazermos a mesma coisa, apetecia, mas tb gosto de acabar.
Reduzimos o ritmo, os GPSs marcavam entre os 40ºc e os 42ºc, o corpo já começava a dar informações muito estranhas, antes da subida para a Cividade já andávamos à procura de água. Batemos a uma porta e o Sr muito gentilmente encheu os bidões com água e gelo, a nossa cara devia ser de desespero.
A subida à cividade era a última e foi feita muito devagar, tb não dava para mais. O Fernando depois da descida tem um furo, mas estava tão roto que nem queria mudar de câmara de ar. Andou um pouco em cima da roda da frente, mas lá tivemos de dar à bomba e mudar de câmara de ar.
Tinha tudo para ser um bom passeio, mas foi uma boa coça com as elevadas temperaturas. Lá está, se saíssemos mais cedo…

terça-feira, 28 de agosto de 2018

28 de Agosto Pico do Arieiro Madeira

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A Madeira é sinónimo de trilhos e paisagens fantásticas, e colocando os pés lá teria de fazer umas caminhadas e umas voltas de BTT. Mas só deu para uma volta de BTT… snif! Snif! Snif! Deixando muitos trilhos de adrenalina e paisagens para uma futura e breve passagem pela Madeira.
A escolha da Albano Aktiv como aluguer de bike e guia com conhecimento de trilhos deixou-me bem agradado, com o guia Renato a ler bem o que os bttistas queriam.
A terça-feira 28-08-2018 era o dia do Pico do Arieiro na Albano Aktiv e foi a data que PedroS e Steffen escolheram para andarem nos trilhos de bike.


Ponto de encontro às 9.15h para ver a parceira da volta e fazer uns ajustes na suspensão. A carrinha deu-nos um empurrão no acumulado+ em direção ao Pico do Arieiro, deixando uns 800m+ para as pernas. Os olhos iam-se deliciando com as paisagens fornecidas pelo maciço central da ilha. Algumas fugas no horizonte deixavam em aberto a capital para um piscar de olhos.
O Renato ia dando umas lições da flora endémica da Madeira.
Quanto mais subíamos menos se conseguia ver, o nevoeiro estava em força, parecia que tinha feito umo excursão com diversos autocarros carregados de nevoeiro. Não se via “népia”. E só com ajuda do vento é que se via alguma coisa, quando este empurrava a cortinas para podermos espreitar pelas janelas.


Depois de umas tentativas para tirar fotos sem o emplastro nevoeiro, estava na hora de ver se o guia Renato nos “guiava” bem. Começamos com descida não muito técnica, para o corpo e cérebro se prepararem e fazerem o aquecimento para o que viesse a seguir. Mas percebi que os travões não estavam muito afinados…


As descidas tornavam-se mais interessantes e os travões não ajudavam, as planícies torradas pelo sol com apontamentos de verde era o que conseguíamos ver, ainda estávamos numa altitude onde o nevoeiro era dono. A morfologia do terreno com planícies, com algumas curtas subidas e umas descidas rápidas com alguns saltos, deixavam-me de sorriso de orelha a orelha. De seguida apanhei um grande calafrio quando não conseguia fazer abrandar a 29” numa continuidade de saltos seguidos, parecia que estava montado num touro mecânico a ser sacudido do dorso da bike. Com sorte mantive-me “firme e hirto como uma barra de ferro” em cima da bike.
O Steffen não teve a mesma sorte e deu cabo dos cromados dos braços e joelhos, mas o dia era para BTT e mais nada. (Podia bem ser um Kedabike)
O Renato teve a feliz ideia de trocar os pedais da minha bike com a dele, eu assim consegui usufruir mais do passeio com a bike com travões e mais controle.
No ST a seguir nem deu para testar os travões, à frente do Steffen as ovelhas é que marcavam o ritmo 😀



Os trilhos, as descidas, conduziam-nos agora para o meio arbóreo, as excursões não entravam. Trilhos de carregar nos cranques, divertidos com algumas zonas de se lhe tirar o chapéu e usar o Kit de unhas que estava reservado para outro dia. Estava de olhos bem arregalados para absorver tudo, não estava a contar com descidas sempre entusiasmante. O Renato ia dando informações do trilho por onde íamos passar para não ser surpresa, mas os olhos dele veem com a experiência vivida por ele, nós pela nossa, por isso era sempre novidade 😆
ST com drops, pedras soltas, curvas, etc, a descer… estou feliz.


Deixávamos para trás as zonas mais bonitas da fauna, e as grandiosas paisagens do passeio de hoje.
Os trilhos continuavam vivos mas o eucalipto já me enche, como todos os dias…
Também usamos as levadas para o BTT, uma até foi a estrear para os três.


Ficava o $#”%& do eucalipto para trás e dávamos as boas vindas às ruelas estreitas, trilhos, levadas com vista para o Caniço/Caniço de Baixo sempre com vista para o mar onde os olhos conseguiam alcançar as desertas.
Foi um bom passeio, mas fiquei com o cabelo em pé, queria mais e muito mais, e mais dias, muitos mais…
Cumprimentos ao guia Renato e ao companheiro Steffen por este dia.

sábado, 7 de julho de 2018

7 de Julho 2018 NGPS Barcelos

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 NGPS de Barcelos, não tinha muitas expetativas em relação aos trilhos, como vizinho dos barcelenses e como não tinha de fazer uma madrugada fiz a inscrição e convidei os Kedas para participar.


Nagy, Rocha, PedroS e Mário já com tudo alinhavado para a participação, o Rui liga na véspera do NGPS a dizer que tb gostava de participar?!!!, se conseguires fazer a inscrição… A bike placebo dele está em grande forma, e vindo ele de férias…
Pelo caminho até Barcelos já se encontravam muitos bttistas em cima da bike, alguns já conhecidos e outros mais que conhecidos os amigos Biclas08 tb se faziam representar.
Os montes ou os cumes já eram conhecidos, muitas das subidas e descidas dos mesmos tb. Começamos pelas ruas históricas de Barcelos e com um Porto de honra que só o PedroS não resistiu à oferta.


Atravessamos a ponte para o lado de Barcelinhos descendo ao rio passando ao lado da margem e partir para o 1º cume, o Monte da Franqueira. E para minha surpresa os trilhos estavam do meu agrado, pedaladas de interesse e de recorte técnico como de pastilhas para o enjoo se tratasse. O Rui estava nas suas quintas como nativo de Barcelos. Quase que fazia de guia turístico se conhecesse onde estávamos 😊.
Até ao meio da 1ª subida do monte da Franqueira vamos calcando terra da boa, escolhendo melhor o caminho serpenteando a quantidade de pedras espalhadas no trilho. O Nagy começa a ficar uns bons metros para trás, acordou indisposto e está a custar a ganhar o ritmo.
Com alcatrão no resto da subida até ao santuário da Nossa Srª da Franqueira, as vistas estavam fechadas pelo nevoeiro, ao qual demoramos pouco tempo e atiramo-nos para a descida. Esta, uma descida com uma passagem no parque de merendas, passando pelo alcatrão e entrando no trilho com muita pedra para uma parte final muito rápida.


No fim da descida, e em direção ao 2º cume, passávamos perto do Tino Socorro em Alvelos, onde já estava marcado o almoço tardio. Esta freguesia o Rui conhecia-a como a mão esquerda, ou a direita. Ficamos confusos com a quantidade de vezes que ele almoçou com chefe em Alvelos, conhecia todos os becos, até ficamos com a ideia que tinha nascido lá😊
No monte de Midões não se notou muita a subida, mas a parte final era de amarrar os dentes ao avanço e pedalar com o corpo todo. A descida foi muito interessante, com muitas lombas para limitarem a velocidade, dando muito prazer na pilotagem da bike monte abaixo.
No fim da descida vamos pedalando devagar para o Nagy se juntar ao grupo, tão devagar que até paramos num geocache do Rui, Várzea de seu nome. Atravessámos a nacional e ficamos à espera do Nagy. Esperamos… tic tac, tantos bttistas e ciclistas passavam por nós e Nagy nada, ligamos e este informa que vai abandonar, tinha almoçado bem ontem e hoje já não ia almoçar. Enquanto esperávamos que ele chegasse o grupo Biclas08 do Fernando e Jorge passava e informava que o Nagy estava a chegar, aparecia o Vasco dos Sem Medo btt. Juntou-se ao grupo com troca do Nagy que foi para casa todo F#$%& com 22km de percurso.


O Rocha triste por o Nagy abandonar tão cedo, ficando ele sem companhia mais para a frente para virar o bico ao prego.
O monte de Airó tb sobe bem, cerca de 360m+ em 7km, mas o Rocha não o quis fazer todo e foi ver se o Nagy chegou bem, levou 28km de trilhos para casa. Não parecia que estava mamado, mas não estava para subir…
Chegamos ao topo com um reforço à escolha, e a cerveja já estava aos saltos, mas eu deixei-a saltar nas mãos dos outros.
Mais um pico e no final uma vista já sem o nevoeiro nos castrar a visão. A descida não fugiu à tipologia dos trilhos até aqui. Descidas rápidas mas sem ganhar sono, dava para divertir.
O Mário não tem gasto muito os cranques da bike e a meta dele era o percurso mais curto, o Rui já tinha nascido com esse, e com o aproximar da divisão o Mário tinha vontade de fazer mais km até ao primeiro corte mas optou por acompanhar o Rui a fazer alongamentos até ao final para os músculos continuarem amarrados às pernas.
PedroS e Vasco, com um ritmo de dois lá fugiram para o monte do Facho, e esta subida já começava a massacrar. O calor ia apertando cada vez mais, a subida era com pendentes assinaláveis para as minhas pernas, para os olhos ia vendo a descida de DH com algumas rampas de cortar a respiração só de ver, e nós sempre a subir.
Chegando ao topo, estava à espera de uma excelente descida, começamos bem para depois acabar a descer em paralelo?!!! Tanto esforço para no fim fazer de calceteiro L. Foi o único sítio em que coloco um ponto negativo a quem escolheu o percurso.


Para chegar ao ponto mais alto do percurso, o monte São Gonçalo ainda tínhamos de pedalar uns 15km praticamente sempre a subir, as sombras eram muito procuradas enquanto trepávamos, nem que fosse por uns míseros segundos.
Tinha uma boa visibilidade lá no topo, mas o tempo estava apertar e só pensava no bacalhau do Tino. Estava a prejudicar a minha alimentação, já não apetecia mais barras e a alimentação convencional já tinha acabado, lá vai mais uma barra para descer em consciência.
A senda das pedras a descer continuava, com o quadro da bike a ser bem castigado e poupando as canelas que desta vez saíram incólumes. A descida, mal começou acabou, tal a concentração que colocamos. Foram cerca de 9km a descer e mais uma vez a parte final muito rápida, os km desapareciam, e já cheirava a Tino.
No final Rocha, PedroS, Mário e Vasco atacaram na badana do meio…

domingo, 10 de junho de 2018

10 de Junho 2018 BTT Tábua ( o renascer do paraíso)

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Depois dos grandes incêndios de 2017, pensei que em 2018 não ia haver os trilhos de btt em Tábua, e erradamente não me inscrevi. Em conversa com os Biclas08 fiquei a saber que este ano tb havia festa. Como ainda estávamos no início dos primeiros dias do ano juntei os KEDASbike e fomos para fila de espera. Tivemos sorte e aparecemos na lista de inscritos.
Os sortudos Nagy, Carlos Pereira, Faria, Rocha, PedroS, Mário e o estreante Rui que ficou com o bilhete dourado do Joel desaguaram em Tábua bem cedo para não ter muito stresse no levantamento dos dorsais. Com a quantidade de mesas de distribuição dos mesmos, o impossível era mesmo haver algum tipo de fila para a entrega.
Fizemos a viagem toda a chover, de Famalicão a Tábua 200km em praticamente duas horas. 
Era a primeira vez desde 2010 que íamos pedalar à chuva, mesmo sendo um visitante dos trilhos de Tábua algumas vezes por ano. O Rui ia dizendo que como era a primeira vez dele o azar da chuva bateu-lhe à porta, sendo ele caseiro quando chove.

                                                                 compacto do dia

Com a chuva e os incêndios, os trilhos iam ser bem diferentes, achava eu.
Com os primeiros 9km percorridos vemos a sinalética de entrada no ST Brian e informo o Rui para se divertir na sua nova máquina canyon spectral 2.6 de pneu, uma “berdadeira” destruidora de trilhos😀

                                                            ST Brian/ST Vale Perdido

Só a entrada no ST Brian é que foi familiar de resto era tudo novidade, um trilho bem divertido quase sempre a pedalar, um sobe e desce tipo montanha russa com a paisagem verde ao nível do solo e o resto sem resto…
O ST Vale Perdido, um dos mais frescos onde a vegetação dava um colorido elegante e personalizado ao trilho, ziguezagueando entre descidas de patamar num vai e vem, num leva e trás, onde quase nos encontrávamos em contra mão. Estava irreconhecível, a última vez que passei por lá o tecto era praticamente todo verde e fresco, agora continuava fresco porque a chuva fazia o papel dela no dia. Mas a organização e alguns benfeitores ofereceram árvores/flores, vestiram os troncos das árvores com cor, multicor, mesmo com a chuva a não deixar o brilho dos passadiço conseguia sentir-me bem sem a marretada visual que foram os incêndios.
De seguida o ST Pastilha, não sei se foi da mesma, mas vi a cabeça de um cão do tamanho da cabeça de um cavalo!!! Era enorme, não se via o corpo do bicho mas…
O primeiro reforço ficava logo ali à frente, achei ei, que não via o tempo a passar, só a chuva. Provei uma jeropiga do melhor e a Sra do Rancho ainda nos ofereceu queijo que era do lanche deles, boa gente esta de Tábua.
O Trilho das Cores baptizaram-no assim, o chão continuava verde, a vegetação em altura preta/queimada e a lembrar os santos populares, o trilho colorido por cima das nossas cabeças e tudo sempre a acontecer ao ritmo do pedal. O Rui parecia que não estava a pedalar à chuva.
O Trilho dos Espantalhos logo se seguida, e este sim foi mesmo de seguida, nem 300m de distância digo eu… alguns feitos por verdadeiros artistas plásticos onde a Joana Vasconcelos não se importaria de beber inspiração, bela surpresa…
Mais um ST, e este o nome não ficou na memória, era mais um para divertir.

                                                                    ST Gás Gás

O ST Gás Gás, muito interessante, um verdadeiro ST de Tábua na minha opinião, podes descer bem sempre controlado, com os rins a serem partidos em curvas de 90º e 360º. O terreno ainda não recuperou, a terra ainda está queimada em muitas zonas, a vista do alto não é agradável vê-se muito longe, e longa vai ser a recuperação da biodiversidade desta zona.

                                                                   ST dos Caparos

ST dos Caparos, mais um ST da chancela Tábua, o gosto que dá descer, mais um que acho que os primeiros metros são conhecidos para depois se transformar em novidade, outro e mais outro metro de prazer.
E para quem gosta de música no meio do ST um grupo a tocar ao vivo. Paro para ouvir pelo menos uma música e o Rui passa só com os braços no ar, mas o Rocha era quem vinha atrás de mim… quando este se está aproximar de cara toda borrada de terra, não, não, não era terra que a roda da frente mandava mas sim terra de quem bate com a cabeça no chão. Pronto, lá explica ele que se esbardalhou aterrando de cabeça na descida. Ficou dorido do pescoço e das costas mas deu para continuar pelo menos para o trajecto mais curto.

                                                               Trilho Vale de Gaios

Os km iam passando e o ex-líbris do percurso ainda não tinha aparecido acho que já estavam comidos 30km quando o cheiro a gaios começou a atravessar os olhos.
Vamos lá ver como está o trilho, para mim o melhor de Portugal (que eu conheça). Com a lama que já se fazia, as pontes estariam escorregadias? Vamos experimentar, e solta a P”#$% que há em ti. Um início lento, oxigenar o cérebro para depois entrar numa zona bem rápida onde o talude fazia de travagem ou empurrava-te para mais velocidade. A entrada nas pontes em linha reta estava a correr bem e na primeira com uma curva já dentro da habitação, a “tijoleira” estava escorregadia e fui rompendo o equipamento e a pele do lado esquerdo. As curvas não se podiam esticar muito, ou…
No centro de Vale de Gaios a chuva afastou muita gente mas tinha uma boa falange de apoio para quem passava. Esta parte é fabulástica, paisagem, pontes sobre o rio, um micro túnel natural de passagem com o queixo em cima do guiador. No início deste trilho o fogo tb colocou a mão mas o coração do Trilho Vale de Gaios ficou intacta.
Na 2º parte do trilho tive um furo, mas a transmissão de todas as bikes já quase não funcionava, e enquanto eu resolvia o furo, os outros iam lavando a bike no rio. O Rui esse tinha desaparecido para a frente. E apareciam os Biclas08 de traz a engrossar o nosso contingente.
Uns 3km à frente dava-se a separação, maratona e curta. Dos Kedas só Nagy, Faria e PedroS é que seguiram para maratona os restantes foram para o banho. Os Biclas 08 foram em maior nº para o empeno.
Já tínhamos sido avisados na página oficial que os restantes km eram um sobe e desce constante, e no último reforço já ofereciam um gel de prenda para o empeno não se notar muito. Os dois grupos foram rolando mais ou menos juntos, mas a chuva já quase que obrigava a que cada um colocasse o seu ritmo e rolasse o mais rápido que conseguisse.
A passagem pelo ST Vale Perdido uma 2ª vez deixou o ST muito mal tratado, e já passou de ST para trilho, os bttistas já procuravam as “bermas” do ST para ter tração ou escolhendo outro ponto de passagem.
O Trilho do Canal,este já fazia doer as pernas e quando acabou continuou a subir, foi um canal de sofrimento para alguns que optavam ir ao lado da sua menina para não a cansar.
Chegamos ao fim satisfeitos com um belo dia de BTT. Agradecemos aos mentores e homenageamos as gentes de Tábua.
Depois do banho lá fomos os dois grupos para o Toino Moleiro levar uma bela recordação no bucho 😀

sábado, 5 de maio de 2018

5 de Maio 2018 NGPS Cabeceiras de Basto

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Serra da Cabreira, conhecendo eu melhor a vertente da saída de Vieira do Minho, a Serra da Cabreira por Cabeceiras de Basto abria uma grande expetativa de trilhos e paisagem.
Começamos o passeio por visitar a Vila com os seus jardins e edifícios históricos. Logo no primeiro km as curtas subidas já deixavam o Faria nas 160bpm, Rocha e PedroS guiavam-se pelo medidor cardíaco do Faria, o que é sempre bom… ele é que se estava a cansar 😊.


Com 17km já percorridos, o balanço não era o melhor. Os primeiros km de interesse para depois calcar alcatrão, e estradão a subir, descer em alcatrão?!!! O vento tb não estava a ajudar e finalmente desaguamos num ST. Em algumas zonas marcados pela sachola como indicação. Aqui já estavam os dentes ao sol e o vento não chateava. A paisagem começava a pintar o quadro do dia, em branco até então. A morfologia Serra da Cabreira começava a nascer no percurso. 



No 3º km os percursos separaram-se e voltaram a juntar-se no km 30 do percurso grande, os dois foram “castigados” na subida até ao ponto mais alto do dia, com 8.5km para fazer uns 520+ de acumulado. O trilho, em subida exigente com muita pedra, onde era necessário o esforço para transpor as dificuldades que estavam sempre acontecer. A vegetação, uma grande parte dela estava queimada deixando um sentimento de tristeza e raiva por não olharem e descuidarem dum património que é nosso. Uma das Serras mais bonitas que eu conheço levou uma grande coça do fogo. Vai levar algum tempo até a Serra da Cabreira voltar a mostrar o verde em altura nesta encosta.


O Rocha tinha chegado ao topo já todo roto e o Faria continuava as bpm bem acima do desejável. Na curta descida depois de termos chegado ao topo os músculos das pernas do Rocha querem abandonar o corpo, pedem descanso. Com 42km e ver outros colegas do outro lado da encosta digo ao Rocha para cortar caminho e esperar pela nossa passagem do outro lado. Não entendeu e quando chegou ao outro lado apontou para Cabeceiras de Basto e…Numa agradável zona de bosque passamos por uma caravana de jipes, visitamos as levadas em direção aos moinhos de água na zona de Moinhos de Rei. Zona muito bonita, este bosque.


O Faria não quis ver as vistas de Porto D´Olho, preferia ver as vistas via câmara fotográfica a posteriori, já estava muito off. 10km depois para voltar a encontrar o Rocha mas não estava lá, talvez tenha seguido para tasco…


Os km que antecederam o Nariz do Mundo, (onde achava que o Rocha estava) uma paisagem dantesca, deve ter havido um incêndio e depois abate das árvores queimadas, deixando a impressão da queda de uma bomba atómica com tudo limpo à volta, deixando só as pedras à vista.


Chegávamos à Aldeia de Moscoso e o Rocha tb não estava no tasco, e o cheiro a carne grelhada dava vontade de dar uns croques no Rocha. Para não ficar muito tempo à nossa espera decidimos fazer a grande descida, 10km sempre a descer, vamos ver o que a descida nos vai oferecer além da paisagem, … estradão podia haver algo mais interessante mas… não sei… não conheço. Fiquei com a ideia que fiz tanto alcatrão como trilhos/estradões, a paisagem valeu a pena, mas acho que podia ser bem melhor, mas tb não conheço bem, só sei que é uma serra de grande potencial.